
Meia serra, até ao sopé era cultivada. Esta era a altura em que a azafama era maior. Gentes de enxada na mão sulcavam a terra, enterrando aí algum do produto da colheita anterior. Árvores de fruto cheias de flor abundavam por lá. Flores das ginjeiras, ameixieiras, pessegueiros e de tantas outras enriqueciam a encosta de um jardim natural.
Cá em baixo, junto à casa da eira semeia-se a fava e o feijão, planta-se a couve e a alface e a batata também não é esquecida.
Havia alturas em que o mato na serra ardia, do meio para cima.
A sul da serra uma ex-pedreira, da qual saíam toneladas de pedra para as diferentes obras. Por vezes explosões na pedreira cortavam o silêncio das pessoas na aldeia. Hoje em dia o silêncio na aldeia já não existe, os carros cortam-no a todo o instante.
O que se mantém ainda é o aparecimento do Sol, por vezes envergonhado, talvez pelo que andam a fazer à serra.
Sem comentários:
Enviar um comentário