domingo, 23 de dezembro de 2007

O Presépio


O presépio representa o nascimento de Jesus. Tenho esta imagem que quero partilhar com todos os meus amigos, desejando um dia de Natal cheio de alegria na companhia de todos aqueles que vos são queridos, tal como representado o presépio, Paz, Amizade e Fraternidade.

Bom dia de Natal

Para os Cristãos, o Natal simboliza o nascimento de Jesus.
Um pouco por todo o mundo, cada um constrói o seu presépio de acordo com sua sensibilidade e com o que deseja expressar sobre este acontecimento.
Desejo a todos os meus amigos do "blogue", um Santo e Feliz Natal.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Tornei-me um blogodependente?...

Apesar de ser uma paródia, aqui ficam os dez sinais de que está blogodependente.

1. Cinco minutos depois de conhecer alguém interessante pergunta-lhe: “Então, tem um Blogue?”.
2. A sua hora de almoço tornou-se a sua ”hora de blogar”. Guarda alguns posts na gaveta da sua secretária, não se vá dar o caso de necessitar deles durante o dia.
3. Pensa: “posso parar quando quiser”.
4. Trocou todos os seus amigos reais por amigos de blogue, porque, hum… hum… “eles percebem”.
5. Posta três ou quatro de seguida – apenas para se sentir culpado e vazio logo a seguir.
6. Possui “inveja de blogue" quando outro bloguer posta algo interessante antes de si. Sofre de “inveja de comentário”, quando o dito post recebe mais de 40 comentários – o estúpido!
7. Vê tudo através da postomania – não pode ver um filme, ver uma peça de teatro ou um jogo, ler um artigo ou partilhar um momento especial com os seus filhos sem pensar que isso merece um post.
8. Bloga mentalmente quando está no transito a conduzir ou no comboio, nalgumas ocasiões mesmo quando está no chuveiro.
9. O seu outro significativo suspeita que tem um caso com o seu blogue. Mesmo quando estão a sós, dá consigo a pensar como é que estará o seu blogue.
10. Verifica o sitemiter do seu blog CONSTANTEMENTE. Por vezes levanta-se durante a noite para dar uma espreitadela. Quando blogar está fora de controlo, o blogar irá terminar como eu e você…

“David Armano e Ann Handley”
Extraído da revista de PSICOLOGIA ACTUAL (Agosto de 2006).

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Voltei...

Como prometido, cá estou.
O curso terminou, e acabou muito bem! Um final excelente. Parabéns a todos, Formandos e Formadores...Obrigado por toda a informação "emprestada".
Como tenho mais tempo, andei a investigar e descubri um pequeno verso do GRANDE "António Aleixo", que penso aplicar-se a todos nós:

Há luta por mil doutrinas.
Se querem que o mundo ande,
Façam das mil pequeninas
Uma só doutrina grande.

Sem comentários...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Estou triste...

Sinto que abandonei o meu blogue. Estou triste por isso. Mas em breve irei ter mais tempo para "ti", prometo... quando os chatos, dos formadores da requalificação nos deixarem em paz! Talvez para a semana, quando apresentar o projecto pedagogico. Talvez...
Até breve... tenho tanto para dizer!...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Mariana


O pastor tinha-se aproximado, num desejo irresoluto de tirar da touceira a vergôntea que lhe pertencia. Não o empurrava nenhum impulso profundo. Era uma reacção de momento, sem calor verdadeiro. E como Mariana parecia uma cabra das dele, pronta a marrar às cegas contra o cão que lhe farejasse a cria, deteve os passos que dera sem convicção.
- Bem, está bem… Mais perde… - disse então, a justificar a debilidade do seu apego ao andrajoso ser a que tinha ajudado a dar vida. – És parva…
Mariana sorriu. E seguida do rebanho inteiro, lá partiu para Valongueiras, à esmola de sábado em casa do Sr. Vitorino.
- Essa mulher continua na mesma vida? – perguntou na sala a Marília, que acabara de chegar do colégio com um selo branco na virgindade.
- Pois continua…
- Pouca vergonha maior!
- Que se lhe há-de fazer?
- Tirar-lhe as crianças e metê-las num asilo.
- Deixa-te de asilos! – reprovou o Sr. Vitorino, que tivera uma meninice aperreada.
- Então chamar à ordem os responsáveis!
- Vai-lhe lá falar nisso!...
- E é que vou mesmo!
Ergueu-se cheia de zelo, e foi direita como uma heroína ao encontro do lodaçal.
Rodeada do bando, Mariana comia em paz na cozinha o caldo caridoso.
- Estás boa?
- Muito agradecida. Cá vou andando…
- Olha lá, os pais dos pequenos não tomam conta deles?
Mariana sorriu, cheia de uma inocência que a outra não entendia. E respondeu, na sua pureza:
- Saiba a menina que não têm pai… São só meus.

Extraído do livro de Miguel Torga, “Novos Contos da Montanha”.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

JOGOS FLORAIS

O período entre 28 de Abril e 13 de Maio do calendário romano marcava a celebração dos Jogos Florais (ou Florálias - do latim floralia, ium), assim denominados por se tratarem das festividades em honra de Flora, deusa da Primavera, das flores, dos cereais, das vinhas e das árvores frutíferas. A lenda diz que Flora é uma das divindades sabinas introduzidas em Roma por Tito Tácio e adorada pelas populações itálicas, em geral. Desde então, associa-se o mel à deusa, como um dos presentes que esta terá concedido ao Homem, o mesmo acontecendo com todas as flores que conhecemos.
Segundo Brandão (1993), nesta data as cortesãs reuniam-se e dançavam ao som de trombetas, num concurso em que as vencedoras eram coroadas de flores, tal como era hábito fazer-se nas cerimónias de adoração da própria divindade. Por influência desta tradição romana, em toda a Península Ibérica, embora com especial incidência na zona do Algarve, ficou até aos nossos dias o costume de colocar nas portas e janelas das casas flores de giestas, também designadas por Maias (nome que provém do facto de florescerem em maior abundância do quinto mês do ano). Mais ainda, no início do século era habitual escolher-se nas aldeias uma jovem que, vestida de branco, era coroada de flores tal como a deusa.
Um pouco mais tarde, a partir do século XIII, esta celebração passou a abranger uma esfera mais alargada, agora enquanto concurso literário: os poetas e amantes da escrita, em geral, tinham nesta data a possibilidade de apresentar as suas produções num concurso. Actualmente, algumas Câmaras Municipais (como a de Viana do Castelo, por exemplo) continuam a promover Jogos Florais, por altura das festividades locais, cujos procedimentos se regem por um regulamento com características específicas: os participantes podem optar por várias modalidades de escrita, sendo as mais comuns o poema lírico ou as quadras populares de tema livre, o soneto (tomando como inspiração um determinado assunto), poesia obrigada à utilização de um mote específico ou alegórica à própria cidade onde se realizam os Jogos e, finalmente, o tratamento de um adágio popular. O número de trabalhos por concorrente é ilimitado, sendo os seus autores obrigados a apresentar-se sob pseudónimo, para que os jurados não sofram qualquer tipo de influência durante a avaliação. Aos melhores trabalhos são oferecidos prémios, habitualmente três por modalidade. Por vezes, são ainda concedidas menções honrosas aos candidatos, cujos trabalhos, embora não sejam vencedores, são considerados dignos de destaque.
Embora este seja um costume que se tem vindo a desvanecer progressivamente com o passar do tempo, algumas cidades portuguesas esforçam-se por manter a tradição dos Jogos Florais, na tentativa de preservar os usos e costumes que, desde há séculos, fazem parte do nosso folclore e da nossa identidade cultural.

BIB. Junito de Sousa Brandão: Dicionário Mítico-Etimológico e da Religião Romana (1993); Silvério Benedito: Dicionário Breve da Mitologia Grega e Romana (2000); Almanaque 1996, ed. Ministério da Educação, Departamento de Educação Básica.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

"OBIDENSE" Maio de 1926

Apeadeiro de A-da-Gorda

Inaugorou-se no dia 12 do corrente este apeadeiro que , para os povos de Peniche, Atouguia, Serra de El-Rei, Olho Marinho, Sobral e A-da-Gorda, constitui um melhoramento de capital importância.
Na gare, à passagem dos comboios que ali param, centenas de pessoas saudavam entusiasticamente a C.P., os empregados ferro-viários, a República, etc., ouvindo-se imensos foguetes e música, sendo simultaneamente oferecido pelas gentis Dagordenses, aos empregados dos comboios e aos assistentes, finissimos bolos, licores e flores.
O Obidense não podendo deixar de se associar a este importante melhoramento, sauda todos os Dagordenses pela realização da sua velha aspiração, que é uma bem frisante demonstração do seu elevado patriotísmo, felicitando em especial as pessoas que mais de perto contribuiram para a consecução de tão proveitoso empreendimento.

"Noticia do jornal "OBIDENSE" Maio de 1926 (Jornal Municipal de Óbidos)"

domingo, 2 de dezembro de 2007

Estrada para a escola – 2007

Não Há memória, nem tempo…
Muitos, muitos carros vão poluindo o ambiente…

As serras não se reconhecem…
Em suas encostas cortadas e negras de alcatrão…
Erguem-se os ruídos dos motores…
De ozono em ozono, destroem a Terra.

Poluição sonora, apitos sem fim.
Através do vidro do autocarro misturam-se o dia e a noite…

Ao amanhecer, teclado na mão…
É preciso prender na cadeia da informação…
Para não deixar, em nenhum momento cada criança ser apenas CRIANÇA.

H. E. S.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Restauração da Independência

1 de Dezembro de 1640
“Mais vale ser Rainha por uma hora do que Duquesa toda a vida!”
Disse Dona Luísa de Gusmão ao Duque de Bragança, D. João, futuro D. João IV Rei de Portugal.

Na manhã de 1 de Dezembro de 1640, João Pinto de Ribeiro descia para a baixa de Lisboa, quando lhe perguntaram “onde ia”…
“Vamos ali à sala Real tirar um Rei e pôr outro…”

“Vossa Alteza entre por aquela porta, ou sai por aquela janela!” Frase dita à Duquesa de Mântua… Mas quem saiu pela janela foi Miguel de Vasconcelos que, em vão, se escondera num armário…

D. Miguel de Almada de uma varanda grita para o povo que estava na rua:
“Liberdade Portugueses! Viva El-Rei D. João IV!”

1 de Dezembro de 2007, 8 horas 30 minutos da manhã, fui mais uma vez acordado, pela Banda da União Filarmónica de A-da-Gorda, que todos os anos desfila pelas ruas da nossa aldeia a tocar o “Hino da Restauração da Independência”. É comovente, e acima de tudo faz bem lembrar que há 367 anos, mais uma vez, houve alguém que não estando contente em sermos governados por Espanha, lutou para que fossemos INDEPENDENTES.
Foi bom também, e em especial este ano, porque, estivemos os quatro em família, eu, minha esposa e as nossas duas filhas, à janela a ver e ouvir a “banda passar”.
“VIVA PORTUGAL E A NOSSA INDEPENDÊNCIA”


Ps: A União Filarmónica de A-da-Gorda foi fundada em 1949, desde então, todos os anos, no dia 1 de Dezembro, toca pelas ruas de A-da-Gorda o "Hino da Restauração da Independência".